Wikileaks adverte: TPP põe milhões de vidas em risco

© AFP 2023 / SAUL LOEBManifestação contra o acordo TPP. Washington (EUA), 21 de maio, 2015
Manifestação contra o acordo TPP. Washington (EUA), 21 de maio, 2015 - Sputnik Brasil
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O WikiLeaks publicou nesta sexta-feira (9) o texto final do capítulo sobre direitos de propriedade intelectual incluído no controverso Acordo de Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês).

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Embora o documento tenha sido assinado por 12 países na última segunda-feira (5), seu conteúdo permanecia em sigilo absoluto, o que gerou muitas críticas durante a fase de negociação do tratado de livre comércio.

Segundo o WikiLeaks, o capítulo sobre propriedade intelectual é o mais polêmico "devido ao seu impacto sobre serviços de internet, medicamentos, editoras, liberdades civis e patentes biológicas".

"Se o TPP for ratificado, as pessoas dos países banhados pelo Pacífico teriam que viver de acordo com as regras deste texto que foi vazado", anunciou Peter Maybarduk, diretor do Programa de Acesso Global a Medicamentos. "Os novos direitos de monopólio para as grandes companhias farmacêuticas podem colocar em perigo o acesso aos medicamentos nos países do TPP. O TPP pode custar vidas", alertou.

Trata-se do maior acordo comercial regional da história, envolvendo 40 por cento da economia mundial sob um novo quadro regulamentar para o comércio. Além do WikiLeaks, diversas organizações, analistas e ativistas acreditam que o tratado representa uma ameaça significativa para a saúde e o bem-estar de bilhões de pessoas em todo o mundo.

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Nos EUA, a oposição política ao TPP tem crescido progressivamente após as revelações feitas pelo site. A pré-candidata dos democratas à presidência norte-americana, Hillary Clinton, disse na quarta-feira (7) que, dadas as revelações feitas sobre o TPP, ela não poderia apoiar o acordo comercial.

A Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA aprovou em junho algumas medidas para acelerar a assinatura do TPP, impedindo que os congressistas pudessem discutir ou modificar qualquer parte do tratado – eles só puderam votar a favor ou contra a aceleração. Ruim para a saúde, pior para a democracia.

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