Secretário do parlamento sírio: crise na Síria chega ao fim graças à ajuda russa

© Sputnik / Valeriy Melnikov / Acessar o banco de imagensRetrato do presidente sírio Bashar al-Assad no Banco da Síria, em Damasco
Retrato do presidente sírio Bashar al-Assad no Banco da Síria, em Damasco - Sputnik Brasil
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No contexto da aprovação de uso da Força Aérea russa na Síria, a Sputnik publica o comentário do secretário do parlamento sírio, Khaled al-Abboud, para esclarecer a postura oficial das autoridades daquele país.

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"Quem acompanhou atentamente as palavras de Vladimir Putin na Assembleia Geral da ONU, reparou que o presidente da Rússia insiste na criação de uma nova e verdadeira coalizão contra o terrorismo na região. Trata-se de uma coalizão aberta, que saúda qualquer participação por parte de todos os países, e que irá realizar uma atividade transparente, ao contrário da fechada Coalizão Ocidental que foi criada por Barack Obama para que uma série de países “sirva” a América. Quando Vladimir Putin começou a falar sobre a Síria, ele sublinhou que as Forças Armadas da Síria são a única força que combate terrorismo. Depois destas palavras, as autoridades da República Árabe da Síria certificaram-se de que o governo russo iria cooperar com elas e proporcionaria ao exército sírio a ajuda necessária. 

As ações dos colegas russos são uma nova etapa dos acontecimentos sírios que ninguém esperava. Bashar Assad pediu ajuda militar para lutar contra os terroristas. E é somente assim que nós devemos compreender o pedido do presidente sírio. A ajuda em forma de equipamento militar e material é diferente da presença militar das Forças Armadas. Por isso, não é preciso confundir o sentido do pedido de Bashar Assad. 

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A ajuda militar da Rússia tinha sido fornecida desde sempre, mesmo durante os últimos anos. Bashar Assad é o comandante supremo das Forças Armadas da Síria. Ele tem pleno direito de pedir ajuda militar aos outros países para o seu exército. Em conformidade com a Constituição da Síria, ele não precisa de autorização do parlamento para tal solicitação. 

A crise síria está chegando a fim. Eu avalio esta etapa como “o início do fim” do que acontece no nosso país. Sim, é uma etapa muito violenta e implica derramamento de sangue de todos os lados, embora não queiramos isso. Mas a guerra é a guerra! Mas já é o fim! É o resultado da presença russa e da sua ajuda ao exército sírio. Os EUA não terão outro remédio senão aderir à nossa coalizão. A pressão militar e política da Rússia conduzirá ao sucesso a nossa união (Rússia-Síria-Irã) contra o terrorismo.

Sublinho que nós consideramos o passo de Putin de criação de um centro de coordenação contra o Estado Islâmico exatamente no Iraque (e não na Síria) como uma forma de mostrar ao mundo que a Rússia não se ocupa só da Síria, mas de toda a região. A Rússia precisa de segurança em toda a região e não apenas em um único país".

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