Paz forçada: Poroshenko propõe realizar operação em Donbass

© AFP 2023 / ANATOLII STEPANOVSoldados ucranianos realizam reconhecimento na linha de contato em Donbass
Soldados ucranianos realizam reconhecimento na linha de contato em Donbass - Sputnik Brasil
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O presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, nesta sexta-feira (11) apelou à comunidade mundial para discutir a realização de uma operação em Donbass.

“Agora é o tempo próprio para discutir a possibilidade de lançamento de uma operação em Donbass com o objetivo de realizar os Acordos de Minsk. Isto nos ajudará a alcançar duas tarefas chave para o reestabelecimento da paz nas regiões de Donetsk e de Lugansk”, disse Poroshenko no fórum da “Estratégia Europeia de Yalta” que está sendo realizado em Kiev nesta sexta-feira. 

Porém, depois do seu discurso, que foi pronunciado em inglês, o Presidente da Ucrânia desmentiu as suas palavras sobre a operação em Donbass durante a conversa com jornalistas.

“Eu não disse nada sobre a operação de libertação, me desculpem, isto pode ser uma tradução errada, obrigado por fazer esta pergunta”.

Ele asseverou que não há alternativa para os Acordos de Minsk e não há alternativas para a solução político-diplomática do conflito:

“Quero mais uma vez sublinhar que não existe nenhuma alternativa ao processo [de paz] de Minsk e ao meio político-diplomático de libertação de todos os territórios, mas a retirada das tropas russas e o regresso do controle ucraniano sobre os trechos de controle russo-ucraniano [da fronteira russo-ucraniana. – Redação] não controlado são elementos-chave dos acordos de Minsk e plano de paz que nós vamos solicitar”.

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Em fevereiro de 2014 um golpe de Estado em Kiev promoveu a mudança do poder na Ucrânia. Preocupadas com a política das novas autoridades do país, as populações das regiões de Donetsk e Lugansk, no sudeste do país, e que juntas formam a região de Donbass, rejeitaram a legitimidade do novo gabinete em Kiev.

Em meados de abril de 2014, a Ucrânia deu início a uma operação militar para reprimir de forma violenta os ânimos independentistas.

A fim de buscar uma solução para o conflito, em 12 de fevereiro de 2015 representantes da Alemanha, Rússia, França e Ucrânia se reuniram na capital da Bielorrússia e determinaram a retirada de tropas, um cessar-fogo completo em Donbass e uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave, através da assinatura dos chamados Acordos de Minsk.

As forças independentistas e o exército ucraniano desde a assinatura de acordos acusaram-se mutualmente de violação de regime de trégua. Entretanto, nos últimos dias a situação melhorou e os lados não reparam confrontos ao longo da linha de contato.

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