Especialistas: China reduz exército para mostrar apego à paz

© REUTERS / Damir SagoljSoldados do Exército de Libertação Popular da China desfilam durante a parada militar em homenagem aos 70 anos da Vitória na Segunda Guerra Mundial, Pequim, China, 3 de setembro de 2015
Soldados do Exército de Libertação Popular da China desfilam durante a parada militar em homenagem aos 70 anos da Vitória na Segunda Guerra Mundial, Pequim, China, 3 de setembro de 2015 - Sputnik Brasil
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A China mostra que é um país não agressivo, mas sim pacífico. As disputas territoriais com os países-vizinhos não impediram com que a China fez uma redução unilateral do exército.

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Assim, especialistas comentaram à Spunik a iniciativa comunicada em 3 de setembro durante a parada militar em Pequim pelo líder chinês Xi Jinping – reduzir o exército por 300 mil militares até dois milhões efetivos.

Os especialistas prestaram atenção ao fato que o próprio ambiente da parada militar em Pequim contribuía para a declaração de Xi Jinping sobre a diminuição do maior exército no mundo. Rana Mitter, professor de história e política da China contemporânea da Universidade de Oxford que foi entre os convidados estrangeiros na parada na praça Tiananmen, disse o seguinte:

“A maior palavra que estava sobre tudo o quer acontecia hoje na praça Tiananmen foi a palavra ‘paz’. E a China apontou o caráter pacífico de tudo o que acontecia”. 

O professor da academia diplomática da China Su Hao opina que é natural que o comandante supremo do exército chinês anunciou a iniciativa do tribuno da praça Tiananmen: 

“Foi um caso muito conveniente. Uma parada grandiosa em Pequim mostrou a todo o mundo a força militar da China, ritmo rápido de desenvolvimento da sua esfera militar. A realização da parada também possibilitou mostrar que a China tem força suficiente para garantir a sua própria segurança e defender a paz em todo o mundo. E o fato que a declaração sobre a redução das Forças Armadas foi comunicada mesmo na parada sublinha a aspiração da China à paz, o seu desejo de contribuir para a causa da paz em todo o mundo”.   

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O pesquisador prestigiado do Instituto dos EUA e Canadá, conselheiro do comandante das Forças de Mísseis Estratégicos da Rússia, o coronel-general reformado Viktor Yesin comentou a iniciativa do líder da China, Xi Jinping:

“O gesto da China é mostrar ao mundo que não aspira ao aumento excessivo da força militar porque na realidade sustentar durante tempo pacífico 2,3 milhões de soldados no exército não é a necessidade militar. Não devemos esquecer que a China tem grande recurso de mobilização. Em caso de ameaças à defesa [o país] sempre pode armar mais de 10 milhões de pessoas. A China optou por reduções pelo motivo de otimizar a estrutura do exército para tarefas existentes”. 

O especialista na política Vladimir Evseev chamou a iniciativa do chefe de Estado chinês do sinalo não só para o Ocidente, mas em muito – para a Índia:

“A China tem disputas territoriais com os países vizinhos, e mesmo nessas condições unilateralmente faz o passo de reduzir o número de efetivos. Acho que é um sinal não só para o Ocidente. Provavelmente é um sinal à Índia que desenvolve o potencial nuclear, que segundo vários especialistas é dirigido contra a China”.

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