Opinião: EUA se preparam para “guerras das estrelas” contra Rússia e China

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A órbita da Terra está cada vez mais parecida com um campo de combate, são lançados satélites de “observação” que podem pôr fora do serviço equipamentos estrangeiros, em terra eles são apoiados por instalações dotadas de mísseis que atingem a órbita, afirma especialista em segurança nacional David Axe no blog no site da agência de notícias Reuters.

O autor diz que não é possível contar a quantidade exata das armas em órbita:

“Isso acontece porque muitos satélites são de ‘uso duplo”. Eles têm funções civis e potenciais aplicações militares.”

Segundo os dados do especialista, os Estados Unidos possuem mais armamentos no espaço do que qualquer outro país:

“Empresas norte-americanas e agências governamentais têm, pelo menos, 500 satélites — mais ou menos como o resto do mundo combinado. Pelo menos 100 deles são principalmente de natureza militar. A maioria serve para comunicação ou vigilância”.

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David Axe faz notar que, em 2002, o presidente George W. Bush retirou os Estados Unidos do tratado com a Rússia que proíbe o desenvolvimento de armas antimísseis, o que permitiu a Bush instalar mísseis interceptores que, segundo funcionários da administração, protegem os Estados Unidos de um ataque nuclear por parte de países como a Coreia do Norte. Mas a saída do tratado também minou o consenso sobre o uso estritamente pacífico do espaço.

O autor dá o exemplo dos dois aviões cósmicos X-37B da companhia Air Force que, segundo a companhia, são parte do programa experimental para demonstrar tecnologias de veículos espaciais não tripulados. No entanto, de acordo com a organização Secure World Foundation, eles podem atacar outras espaçonaves ou satélites que pertencem à Rússia e à China.

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Vale lembrar que durante a abertura do 7º Fórum Acadêmico dos BRICS em Moscou Sergei Ryabkov, vice-ministro de Relações Exteriores russo, declarou que A Rússia é definitivamente contra armas no espaço. 

Além disso, em 2008, o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, apresentou à Conferência para o Desarmamento em Genebra, em nome de Rússia e China, o rascunho do Tratado Sobre a Prevenção Contra a Instalação de Armas no Espaço, a Ameaça ou Uso de Força Contra Objetos no Espaço. O documento foi amplamente apoiado internacionalmente.

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