Independência será ato de soberania e democracia, diz deputado catalão

© AFP 2023 / Josep LagoBandeira da Catalunha em partida do Barcelona pela UEFA Champions League
Bandeira da Catalunha em partida do Barcelona pela UEFA Champions League - Sputnik Brasil
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Uma eventual independência da Catalunha teria importância além das fronteiras da península Ibérica e abalaria as bases da União Europeia, avalia Quim Arrufat, deputado no parlamento catalão pela Candidatura d'Unitat Popular-Alternativa d'Esquerres (CUP-AE, esquerda independentista), à Sputnik.

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"A reflexão vai além do caso catalão. Assim como parecia que iria ocorrer na Grécia, ainda que não tenha acontecido, em algum lugar do sul da Europa algum povo terá que levantar e fincar a bandeira da soberania e da dignidade democrática", disse Arrufat ao mencionar que este pode ser o caso da Catalunha. Segundo ele, a CUP "insiste que qualquer cenário de soberania passa por um cenário a curto prazo de ruptura democrática para fazer prevalecer a vontade democrática sobre o monopólio político que têm o Estado espanhol e o mercado sobre nossas vidas."

Arrufat acredita na possibilidade de "reações autoritárias" por parte do governo espanhol, que pode tentar "impedir as eleições" e o "processo de independência" e afirma que tais medidas vão contra o senso comum democrático.

O deputado acredita que uma Catalunha independente só pode existir fora da União Europeia.

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"Acreditamos que para conseguir marcos de soberania suficientes, para poder fazer mudanças econômicas e sociais em nossa sociedade que mudem esta lógica que nos leva à ruína por um caminho em direção a uma lógica mais humana, social e democrática, muita coisa teria que mudar radicalmente e não vamos nada nesta União Europeia."

Arrufat crê que, ainda que ao "estabelecimento catalão seja preocupante a saída da União Europeia, o que nós pleiteamos em termos sociais e democráticos" não tem futuro dentro das relações internacionais do que classifica como "jaula".

"Esta União Europeia não é neutra. É um projeto ideológico, político e econômico muito concreto em favor de uma elite que detém o poder financeiro. Assim como toda história da Europa, este projeto econômico é basicamente injusto e gera desigualdades sociais porque enfrentam competidores regionais e querem superá-los", afirma Arrufat, fazendo menção à competição com os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

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