República Popular de Donetsk conclui retirada de armamentos

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Retirada do material bélico pesado de Donetsk - Sputnik Brasil
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Nesta quarta-feira (22), as milícias da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD) terminaram o processo de retirada de armamentos da linha de separação de forças em Donbass, no Leste da Ucrânia.

Trata-se de armamentos do calibre menor de 100 mm. Mais cedo, armamentos de maiores calibres já tinham sido retirados.

“A retirada unilateral de blindados a 3 km da linha da frente ‘em zonas tranquilas’ foi concluída”, disse o Ministério da Defesa da RPD em um comunicado.

A retirada acontece depois da resolução, adotada ontem, do Grupo de Contato Trilateral, composto pela Rússia, Ucrânia e a Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

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No entanto, as armas do tipo mencionado ainda permanecerão nos “pontos quentes”, onde resta a possibilidade de ataque por parte das forças de Kiev.

Tal já aconteceu perto de Donetsk em 6 de junho, quando o povoado de Marinka foi atacado pelo exército ucraniano, cujo comando alegava provocação por parte das milícias.

Kiev

A parte ucraniana também insiste que pretende cumprir os Acordos de Minsk. O presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, declarou nesta quarta-feira que tinha encarregado os seus representantes no grupo de contato a assinarem o acordo da criação de uma zona tampão de 30 km ao longo da linha de demarcação e retirar tanques e morteiros.

Contudo, logo depois frisou que considera nula a opção de a causa das milícias de Donbass vencerem. "Donbass é e será uma região ucraniana, falará russo e ucraniano", disse.

Conflito

Desde meados de abril de 2014, Kiev está realizando uma operação militar com a finalidade de esmagar os independentistas no Leste da Ucrânia. O motivo é o não reconhecimento, pelos independentistas, das novas autoridades ucranianas, que tinham chegado ao poder graças ao golpe de Estado, que teve lugar em 22 de fevereiro de 2014.

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Um pouco menos de um ano depois, em 12 de fevereiro de 2015, os presidentes da Rússia, Ucrânia, França e Alemanha assinaram em Minsk um acordo de paz que até agora é considerado o principal documento que contém a descrição da saída pacífica da situação.

As exigências presentes no documento incluem reforma política com a entrada em vigor de nova Constituição até finais de 2015, que tenha descentralização como elemento-chave.

Apesar do acordo, confrontos locais continuam e armamentos proibidos continuam sendo usados.

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