Republicanos do Congresso dos EUA não querem acordo ‘mau' com Irã

© Russian Foreign Ministry / Acessar o banco de imagensP5+1 negociações sobre programa nuclear do Irã
P5+1 negociações sobre programa nuclear do Irã - Sputnik Brasil
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O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, e outros líderes do Congresso dos EUA expressaram no domingo dúvidas sobre a assinatura pelo congresso do acordo histórico com o Irã sobre o programa nuclear do país.

O Irã e as grandes potências procurarão na segunda-feira dar os últimos retoques em um documento histórico, com ambos os lados dizendo que é possível um acordo que ponha fim a um impasse de 13 anos e levante as sanções contra Teerã.

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Sexteto e Irã entram em fase final das negociações sobre o programa nuclear
Após mais de duas semanas de conversações, trocas de acusações e impasse entre o Irã e os países que negoceiam o acordo final para regular o programa nuclear do país, os republicanos do Congresso dos EUA pediram a Barack Obama e a seu time de diplomatas que suspendam as negociações com o Irã. Os líderes do Partido Republicano deram a entender que qualquer acordo nuclear final dos Estados Unidos com o Irã enfrentará uma dura oposição do Congresso, controlado pelos republicanos. Isto acontece quando os Estados Unidos e as demais potências do P5+1 (China, França, Rússia, Reino Unido e Alemanha) entraram em uma fase decisiva do acordo.

"Será uma batalha dura — se chegarem a um acordo — no Congresso" disse o senador republicano Mitch McConnell, líder da maioria, ao canal Fox News, neste domingo. McConnell afirmou estar preocupado por o cordo ainda poder deixar o Irã capaz de produzir uma arma nuclear.

O senador americano afirma que um acordo que deixe o Irã praticamente capaz de desenvolver armas nucleares é um "mau" acordo. 

Obama declarou diversas vezes que está disposto a suspender as negociações se o documento não impedir o Irã de produzir armas nucleares.

Anteriormente o secretário de Estado dos EUA John Kerry afirmou que os EUA e o Irã "estão chegando a decisões bastante concretas e ambas as partes estão confiantes em uma resolução rápida".   

De acordo com a legislação aprovada no Congresso norte-americano em maio, Obama não será capaz de levantar nenhuma sanção imposta ao Irã durante um período de 60 dias — prazo destinado aos políticos para avaliar o acordo nuclear, caso seja aprovado.

Observadores temem que, durante esse tempo, os legisladores norte-americanos possam adotar novas sanções contra o Irã. Como avisam os líderes iranianos, isso pode levar a que a implementação do acordo (no caso de ser assinado) seja interrompida e o documento perca a validade.

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