Ações dos EUA podem levar Rússia a reforçar potencial nuclear

© AFP 2023 / ALEXANDER NEMENOVMinistério das Relações Exteriores da Rússia
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Os participantes da conferência sobre o Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares, que decorre em Nova York, falham em chegar a um acordo final, declarou aos jornalistas Mikhail Ulyanov, chefe do departamento para questões de não proliferação e controle de armamentos do Ministério das Relações Exteriores russo.

Mikhail Ulyanov declarou que as tendências negativas que minam a estabilidade estratégica estão ganhando popularidade no mundo:

“No mundo estão ganhando força tendências negativas que minam a estabilidade estratégica e, portanto, as perspetivas para o desarmamento nuclear. E todos os fatores negativos não vêm de nós. Eles vêm dos Estados Unidos.”

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Como exemplo dos fatores negativos ele referiu as ações dos EUA na área da defesa antimíssil Prompt Global Strike, o recuso de negociar a proibição da instalação de armas no espaço bem como ratificação do Tratado para a Proibição Completa dos Testes Nucleares. Ele também recordou "o sério desequilíbrio de armas convencionais existente na Europa."

O diplomata russo comentou a possibilidade de reforçar o potencial nuclear russo:

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“Para nós as ações dos EUA criam fatores contraditórios que, dadas certas circunstâncias, poderão levar ao reforço (do potencial nuclear – Ed.). Pelo menos, não podemos excluir essa possibilidade. Mas nós ainda não planejamos fazer isso."

Ele notou que desde a última conferência em 2010 o número de ogivas nucleares na Rússia diminuiu mais de metade, de quase 4 mil até um pouco mais de 1,5 mil:

“Cinco anos depois, temos 1.582 unidades. O corte é duas vezes e meia.”

Em 2010, a Rússia e os Estados Unidos assinaram o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START-III), que determinou a redução do número de armas nucleares estratégicas para níveis só vistos na primeira década da era nuclear.

Segundo Ulyanov, o processo de redução das armas estratégicas existentes deve terminar em 5 de fevereiro de 2018.

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