Em uma entrevista ao jornal russo Kommersant, publicada nesta quarta-feira (13), Gottemoeller frisou:
"Quanto à questão se poderemos fazer um acordo sobre a cooperação na área de defesa antimíssil no futuro, eu espero que sim, podemos".
A responsável acrescentou que os Estados Unidos não são atualmente capazes de ligar os sistemas de defesa balística em um complexo global, embora tal possibilidade exista desde 2002, quando o país se retirou do Tratado de Não-Proliferação de Mísseis Balísticos, do qual a Rússia também faz parte. O tratado postulava que cada parte só tinha direito a dois complexos de defesa contra mísseis deste tipo.
Já sem as limitações previstas pelo Tratado, os EUA começaram a criação de mais uma zona de posicionamento para os seus sistemas de defesa antimíssil (DAM), inclusive na Polônia e na República Tcheca.
No ano passado, a situação agravou-se com a crise na Ucrânia, que o Ocidente (e os EUA) relaciona com a postura supostamente "agressiva" da Rússia.
Já em abril de 2015, durante a Conferência Internacional sobre Segurança, que teve lugar em Moscou, os ministros russos da Defesa, Serei Shoigu, e das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, qualificaram oficialmente a ampliação dos sistemas de defesa contra mísseis balísticos como ameaça à estabilidade estratégica.