Repúblicas populares de Donetsk e Lugansk comemoram um ano de independência

© Sputnik / Sergei Averin / Acessar o banco de imagensComemoração do Dia da República em Donetsk
Comemoração do Dia da República em Donetsk - Sputnik Brasil
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Em 11 de maio de 2015 completou-se um ano desde que a população da região de Donbass, descontente com os resultados do golpe de Estado ocorrido em Kiev, promoveram e venceram o referendo pela criação e independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.

O Dia da República foi comemorado com a realização de uma grande passeata pela avenida central de Donetsk, que contou com a participação de 43 mil pessoas, segundo autoridades locais.

Durante todo o período de um ano, o território de Donbass vem sendo palco de uma operação especial das autoridades ucranianas para sufocar os independentistas. A região encontra-se à beira de uma catástrofe humanitária, mas apesar disso as autoproclamadas repúblicas conseguiram criar seus próprios órgãos de governo, promover eleições e organizar pagamentos de aposentadorias, salários e benefícios sociais.

Combatente da República Popular de Donetsk em um mercado destruído no leste ucraniano - Sputnik Brasil
Brasileiro que luta em Donetsk acusa Ucrânia de ataques e provocações
Donetsk e Lugansk viram surgir seus próprios líderes e chefes de parlamentos legitimamente eleitos. As repúblicas decretaram a circulação de duas moedas e orientaram sua produção e logística para a cooperação com a Rússia.

Os líderes das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk acreditam terem conseguido alcançar resultados máximos neste curto período de autonomia. Eles reclamam, no entanto, que a recuperação de seus territórios é em grande parte atravancada pela continuidade dos ataques de Kiev. Os árduos esforços para reconstruir a infraestrutura da região, segundo eles, precisam ser divididos com a guerra.

Golpe de Estado

Aniversário dos protestos na Praça Maidan de Kiev - Sputnik Brasil
Um ano depois de Maidan, ucranianos buscam refúgio no exterior
A Ucrânia passou por um golpe de Estado em fevereiro do ano passado, quando uma série de violentos protestos incentivados por movimentos pró-europeus e pró-ocidentais, inclusive com a participação de facções de tendência neonazista, levou ao afastamento do então presidente Viktor Yanukovich e à subida ao poder do atual chefe de Estado, Pyotr Poroshenko. 

Em abril de 2014, o governo central ucraniano deu início a uma operação militar na região de Donbass, no leste do país, onde a maior parte da população se recusou a aceitar a legitimidade do novo gabinete em Kiev e, em vez disso, decidiu criar as autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk.

Conflito militar

Exército ucraniano - Sputnik Brasil
Conflito na Ucrânia completa um ano
Em 7 de abril de 2014, após a ocupação de prédios administrativos em Carcóvia e Donetsk, o então presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, anunciou “medidas antiterroristas” contra “aqueles que pegarem em armas”. Tal foi o início da chamada operação antiterrorista que se arrasta até hoje.

Segundo fontes oficiais, citadas pela agência Sputnik, o número de vítimas das ações militares no Leste da Ucrânia desde o início desta operação até 27 de março de 2015 alcança 6.083 pessoas. Já os feridos somam pelo menos 15.397.

No entanto, as ações militares continuam em Donbass, sem que a paz chegue. Os recentes Acordos de Minsk, assinados em fevereiro, tentaram apresentar uma solução e conseguiram com que um aparente cessar-fogo fosse alcançado, mas a parte ucraniana parece sabotar a pacificação.

Ajuda humanitária

Escritório da Cruz Vermelha em Mariupol, na região de Donetsk - Sputnik Brasil
Cruz Vermelha pretende aumentar volume da ajuda prestada à Ucrânia
A Cruz Vermelha tem atuado de forma ativa na Ucrânia, prestando ampla ajuda à Donbass. Recentemente, a organização anunciou que aumentará significativamente o seu orçamento para a região e se mostrou disposta a dobrar o volume de assistência prestada.

Por sua vez, desde o início da operação militar, o governo da Rússia já enviou e continua organizando o envio de diversos comboios humanitários para Donbass.

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