EUA pretendem ridicularizar Rússia e simulam presença de russos na Ucrânia

© Sputnik / Guennadi Dubovoi / Acessar o banco de imagensPrédio destruído por bombardeio na região de Donetsk (leste da Ucrânia)
Prédio destruído por bombardeio na região de Donetsk (leste da Ucrânia) - Sputnik Brasil
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A chancelaria russa acusou os EUA de violar os Acordos de Minsk. Em resposta, o Departamento de Estado norte-americano qualificou esta declaração de “ridícula”. No entanto, os próprios EUA não conseguem provar as suas acusações.

A presença de instrutores militares norte-americanos no território ucraniano é um fato confirmado. O Ministério das Relações Exteriores da Federação da Rússia considera o fato de os militares ucranianos serem treinados pelos militares estadunidenses como o início de um processo que pode terminar em fornecimento de armamentos norte-americanos à Ucrânia.

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De acordo com a chancelaria russa, isso contradiz os Acordos de Minsk.

A chegada de 300 militares estadunidenses à cidade ucraniana de Yavoriv foi anunciada na semana passada pelas Forças Armadas dos EUA.

Contudo, em um briefing na quinta-feira, Marie Harf, a porta-voz da diplomacia estadunidense, disse que os Acordos de Minsk só são válidos para a parte russa:
"Os Acordos de Minsk definem os passos que devem ser tomados pelos russos".

No entanto, Harf acredita que "os ucranianos fizeram um progresso considerável no cumprimento das suas obrigações".

Ela acrescentou também que "não se lembra que os EUA tenham assinado os Acordos de Minsk". O que, segundo ela, isenta esse país de qualquer compromisso em relação à Ucrânia.

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Russos invisíveis

Os EUA acusaram nesta semana a Rússia de fornecer armamentos a Donbass (região no sudeste ucraniano, atingida pela crise) e de organizar exercícios militares em conjunto com os milicianos. O Ministério da Defesa reagiu em seguida: o representante oficial da autarquia, major-general Igor Konashenkov desmentiu esta declaração.

É de referir que, acusando a Rússia de enviar seus militares para a região em conflito, os porta-vozes não conseguem provar as suas palavras.

"É realmente difícil obter informações exatas especificamente sobre as tropas russas, mas nós sabemos que há uma presença russa considerável [em Donbass]", disse Harf na quinta-feira.

A OTAN também tenta enxergar militares russos em Donbass, mas não consegue. Em uma declaração também da quinta-feira, o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, disse:

"Nós não temos certeza sobre quais são as suas [da Rússia] intenções, mas sabemos das suas capacidades".

Stoltenberg também apelou à Rússia a cumprir os Acordos de Minsk retirando as suas tropas da Ucrânia.

As tropas, no entanto, parecem invisíveis. A não ser que se trate dos armamentos que viu o embaixador norte-americano em Kiev, Geoffrey Pyatt. Em 23 de abril, ele colocou no seu Twitter uma postagem com uma foto que, segundo ele, mostrava "a maior concentração dos sistemas de defesa antiaérea russos no leste da Ucrânia desde agosto". A foto, contudo, é de Moscou. Foi tirada no salão aéreo MAKS 2013, há quase dois anos.

A confusão provocou muitas críticas ao embaixador, muitos internautas diziam que Pyatt teria colocado intencionalmente uma foto falsa.

No ano passado, a embaixada da Rússia nos Emirados Árabes Unidos tinha respondido a declarações sobre a presença das forças armadas russas no leste da Ucrânia com um tweet humorístico, que contém uma foto mostrando tanques e blindados de brinquedo.

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