Kirchner: considerar a Rússia uma ameaça é um absurdo

© REUTERS / Alexander NemenovO Presidente da Rússia Vladimir Putin e Presidente da Argentina Cristina Kirchner apertam as mãos durante reunião em Moscou, 23 de abrill, 2015
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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, está realizando uma visita oficial à Rússia, onde se reuniu com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e assinou uma série de acordos de cooperação bilateral.

A Rússia é um ator indispensável nos eventos da arena política internacional, e considerá-la como uma ameaça para a segurança global é um absurdo. A declaração é da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, nesta quinta-feira, 23, durante entrevista ao canal televisivo RT.

A presidente argentina afirmou que "hoje é preciso temer mais aqueles que tentam assustar sob apoio de outros". "É um absurdo considerar a Rússia como uma ameaça", disse.

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Kirchner considerou que muitos ficaram presos na lógica binária da Guerra Fria, na qual "sempre é preciso haver um inimigo ou opositor para existir ou haver a possibilidade de dominar". Neste contexto a líder lembrou a campanha dos EUA contra a Venezuela.

De acordo com Kirchner, "ninguém em sã consciência pode acreditar que a região da América Latina pode representar uma ameaça para a primeira potência mundial no esfera militar, científica, e outras". 

Ela também lembrou de como era moda falar sobre "o fim da história" depois da queda do Muro de Berlim. De acordo com a líder, "a história nunca termina, a história sempre vai estar mudando, e graças a Deus que eu muda, mudando com novos atores e novas realidades".

Além disso, Kirchner pediu o reconhecimento "mundo de novos jogadores, munto multipolar que já surgiu".

"Eu acho que a Rússia é um ator global de grande escala, um jogador bom e insubstituível, e eu não vejo porque não podemos ter relações com eles", ressaltou a presidente. 

Kirchner afirmou que, justamente por isso, "hoje foi assinado com o presidente Putin uma declaração de apoio ao diálogo, política, diplomacia, multipolaridade e a ONU como únicas soluções possíveis para fazer uma interromper e resolver conflitos". 

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Ainda de acordo com a líder, "Rússia e Argentina compartilham os princípios de um mundo multipolar, no respeito à soberania nacional, e rejeição de interferência estrangeira nos assuntos de outros estados. Isto é particularmente evidente no fato de que a Federação da Rússia tem apoiado Argentina em seus esforços para resolver a disputa com a Grã-Bretanha sobre as Ilhas Malvinas (Falkland), e a Argentina, por sua vez, concede o apoio recíproco ao votar a favor do projeto de resolução proposto pela Rússia em apoio aos acordos de Minsk.

O Ministro das relações exteriores da Argentina, Hector Timerman, por sua vez, afirmou que "a Visita do Presidente da Argentina à Rússia demonstrou mais uma vez a seriedade  do compromisso de Moscou e Buenos Aires para desenvolver as relações bilaterais". Segundo ele, os dois países têm posições semelhantes sobre uma variedade de questões. "Isso se aplica tanto à política interna e quanto à política externa <…> Rússia e Argentina está entrando em uma nova fase de cooperação", completou o chanceler.

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