Qual é a situação em países que escolheram via alternativa de confinamento?

© REUTERS / Agência TT Comércio aberto na capital sueca, Estocolmo, em meio à propagação do novo coronavírus, 4 de abril de 2020
Comércio aberto na capital sueca, Estocolmo, em meio à propagação do novo coronavírus, 4 de abril de 2020  - Sputnik Brasil
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Enquanto o isolamento social é considerado em quase todos os países como o meio antipandêmico mais eficaz, alguns países, como Suécia e Países Baixos, optaram pelo não confinamento total ou por um limitado.

Os vários países estão reagindo de forma diferente quanto à detenção da pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2.

Enquanto alguns confinaram seus habitantes de forma mais ou menos obrigatória e outros impuseram mesmo um salvo-conduto de viagem, há aqueles que consideram ser a contenção desnecessária ou a implementaram de forma limitada.

A Suécia, por exemplo, pertence ao grupo dos países que não introduziram políticas de isolamento social tão restritas quanto as da França, refere o jornal suíço Le Temps.

Neste país escandinavo, as crianças continuam a frequentar a escola e apenas concentrações de mais de 50 pessoas foram proibidas. Lojas, esplanadas de cafés e restaurantes permanecem abertos.

No entanto, o jornal realça o fato de que os suecos têm demonstrado ser mais disciplinados que os franceses no cumprimento das recomendações de saúde.

Suecos disciplinados

Lena Hallengren, ministra sueca dos Assuntos Sociais, afirmou ao Le Temps que em Estocolmo há voluntariamente 70% menos pessoas nas ruas do centro da cidade, 50% menos no sistema de transportes e que um terço dos habitantes se converteu ao trabalho a partir de casa.

"Estes dados demonstram bem que medidas coercivas não são a única maneira de moldar os comportamentos", afirmou a ministra.

© REUTERS / Agência TTCiclista conversa com pedestres em meio à pandemia de COVID-19, em Estocolmo, na Suécia, 1º de abril de 2020
Qual é a situação em países que escolheram via alternativa de confinamento? - Sputnik Brasil
Ciclista conversa com pedestres em meio à pandemia de COVID-19, em Estocolmo, na Suécia, 1º de abril de 2020

Segundo os últimos números, em 25 de abril a Suécia apresenta 17.567 casos de infecção e 2.152 mortes em 10,1 milhões de habitantes, uma população seis vezes menor do que a da França, que apresenta dez vezes mais óbitos (22.245) apesar de uma política de isolamento social muito restritiva.

O jornal aponta que a epidemia na Suécia começou cerca de três semanas depois da França e, embora a doença pareça estar se desenvolvendo rapidamente, sua envergadura só poderá ser definida nas próximas semanas.

Confinamento 'inteligente' holandês

Os Países Baixos apresentam outra realidade, segundo Le Temps. Inicialmente, eles apostaram na imunidade de grupo, optando mais tarde por uma política de isolamento social a que chamaram de "contenção inteligente".

Escolas, bares e restaurantes, incluindo cafetarias, foram fechados de 16 de março a 19 de maio. Os encontros são limitados a três pessoas, e sempre respeitando uma distância de segurança de 1,5 metro.

Este tipo de confinamento é muito semelhante ao introduzido em outros países europeus. A Holanda tem 36.729 contaminados e 4.289 mortes hoje (25) entre seus 17 milhões de habitantes, um cenário comparativamente bem menos sombrio que o francês.

Independentemente dos métodos implementados, o novo coronavírus ainda aparenta estar longe de ter sido contido. Só com o tempo poderemos realmente avaliar os resultados das opções tomadas pelos diversos países.

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