Berlim tenta conter influência estrangeira implantando 'imposto a mesquitas'

© AP Photo / Martin MeissnerUnião Turco-Islâmica para Assuntos Religiosos (arquivo)
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O governo federal alemão considera implementar o chamado "imposto mesquita" para lidar com a dependência das instituições muçulmanas do país de financiamento estrangeiro, informa o jornal local Welt am Sonntag.

De acordo com o jornal, Berlim considera esta medida “um caminho possível”. Vários estados da Alemanha teriam expressado apoio em princípio para implementar o novo imposto que espelharia o “imposto da igreja” já existente.

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As perspectivas dessa nova medida fiscal foram apresentadas em meio a preocupações sobre a possibilidade de fontes de financiamento externas serem usadas para exercer influência sobre as mesquitas e, por extensão, sobre a vasta população muçulmana do país. 900 das mesquitas do país, por exemplo, são administradas pela União Turco-Islâmica para Assuntos Religiosos (Ditib), cujos imams são pagos por Ankara, por exemplo.

Algumas mesquitas também foram submetidas ao escrutínio do governo ou foram fechadas por “pregar ideias islâmicas radicais e militantes”.

Embora o jornal também tenha acrescentado que vários estados afirmaram que “as comunidades mesquitas na Alemanha deveriam poder se financiar”, o Ministério do Interior de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental disse que está aberto ao “financiamento da mesquita baseado no modelo da igreja para restringir a influência estrangeira junto com o perigo de uma possível radicalização".

Um porta-voz do Ministério do Interior do estado de Baden-Wuerttemberg também alertou para os perigos da influência estrangeira "sobre conteúdo teológico e opinião política", que, no pior cenário, podem incluir "conteúdo ou aspirações radicais islâmicos ou antidemocráticos".

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