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Exportações de carne do Brasil dispararam apesar de coronavírus e preço da ração, diz analista

© Folhapress / Eduardo Anizelli Gados na fazenda Nossa Senhora do Carmo, em Cumaru do Norte, no interior do Pará (foto de arquivo)
 Gados na fazenda Nossa Senhora do Carmo, em Cumaru do Norte, no interior do Pará (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O aumento dos preços de rações e incertezas do mercado de exportação, ligadas ao surto de coronavírus, não prejudicaram as expectativas do comércio para produtores de carne bovina e suína, segundo analista.

As expectativas para o uso de rações e produção pecuária no Brasil foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) em relatório de um especialista agrícola.

"Apesar dos problemas logísticos atuais com os portos e o sistema de transporte interno na China, as exportações de carne bovina do Brasil dispararam para a China durante janeiro-fevereiro de 2020", disse o especialista, citado em um artigo do FeedNavigator.com.

Segundo o relatório, as embaladoras brasileiras também esperam maiores exportações de carne bovina para a China ao longo de 2020 devido aos problemas contínuos derivados do surto de Peste Suína Africana (PSA) e da maior demanda por carne bovina.

Produção de carnes

O especialista comenta que a produção de carne suína deverá expandir em 4,5%, enquanto que a de carne bovina deverá aumentar em 3,4%, sendo os crescimentos apoiados pela exportação e procura interna.

Em 2020 a produção de carne bovina deverá estabelecer um novo recorde, atingindo 10,5 milhões de toneladas métricas de peso de equivalente carcaça, opinou o analista.

"O aumento na produção virá principalmente dos ganhos esperados no peso médio das carcaças, das exportações projetadas recorde, principalmente para a China e Hong Kong, e da maior demanda interna, já que a economia brasileira deverá crescer mais de 2%", acrescentou, explicando que o consumo interno deverá aumentar 1,5% neste ano.

© Sputnik / Ruslan Krivobok / Acessar o banco de imagensCarcaças de carne no frigorífico
Exportações de carne do Brasil dispararam apesar de coronavírus e preço da ração, diz analista - Sputnik Brasil
Carcaças de carne no frigorífico

Em relação aos suínos, está previsto um aumento do rebanho em cerca de 4%, atingindo um recorde de 44 milhões de cabeças, comenta o especialista agrícola, notando que é esperando que as colheitas de ingredientes de ração, como milho e soja, proporcionem custos estáveis.

Segundo o documento, os fatores que sustentam o aumento da produção incluem: a demanda internacional por carne suína após o surto de Peste Suína Africana (PSA), juntamente com o aumento da demanda interna, aumentos previstos de produtividade e pesos de carcaça e uma desvalorização cambial que torna os produtos brasileiros mais competitivos.

Exportações e expectativas

Com base na demanda da China e de Hong Kong, prevê-se que o comércio aumente 10%, atingindo um recorde de 2,5 milhões de toneladas métricas.

"Em 2020, a combinação de uma moeda brasileira desvalorizada com preços internos estáveis esperados provavelmente manterá os preços competitivos de exportação da carne bovina brasileira no mercado mundial", diz o analista, comentando que também há o interesse em abastecer os países muçulmanos, já que o Brasil exporta carne bovina halal.

O relatório destaca que as exportações cresceram 41% nos meses de janeiro e fevereiro deste ano (em comparação com o mesmo período do ano passado) e que o Brasil enfrenta atualmente uma situação única de fornecimento de carne suína para o mundo sem grandes problemas sanitários.

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