Não só Turquia: confira que países da OTAN têm armas russas no arsenal

© REUTERS / Francois LenoirBandeira turca esvoaçando ao lado do logótipo da OTAN no quartel-general da aliança em Bruxelas
Bandeira turca esvoaçando ao lado do logótipo da OTAN no quartel-general da aliança em Bruxelas - Sputnik Brasil
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Ainda que toda a atenção se concentre na Turquia, que adquiriu sistemas russos S-400 contra a vontade da OTAN, este não é o único país da Aliança Atlântica que conta com armas russas e soviéticas em seu arsenal e interage com a Rússia na indústria de defesa.

Enquanto Turquia realiza testes com os sistemas russos de defesa antiaérea, Estados Unidos a ameaçam com sanções por comprar armas provenientes da Rússia e incluso propõem que o país "destrua, devolva ou se desfaça" dos S-400.

No entanto, Turquia está longe de ser o primeiro país-membro da OTAN a comprar armas da Rússia.

Em particular, a Grécia é considerada um dos maiores compradores de armas russas, salienta o jornal gazeta.ru. O Exército grego conta com sistemas russos de mísseis Tor-M1 e Osa-AKM, sistemas de mísseis antitanque Kornet e Fagot, assim como quatro navios de desembarque Zubr.

Além destes, Bulgária, Grécia e Eslováquia dispõem do sistema russo de defesa antiaérea S-300.

© Sputnik / Ekaterina NenakhovaSistema de defesa antiaérea S-300 é mostrado durante o fórum militar EXÉRCITO 2018
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Sistema de defesa antiaérea S-300 é mostrado durante o fórum militar EXÉRCITO 2018

Grande parte dos membros da OTAN não compra hoje em dia armas russas, mas, sim, coopera com a Rússia para manter armas soviéticas que ainda estão em uso.

Atualmente, as Forças Armada da Bulgária mantêm em serviço as aeronaves MiG-21 e MiG-29, os aviões de ataque Su-25, os helicópteros Mi-24 e Mi-17 e os aviões de transporte Na-30, Na-26 e An-2. Prevê-se que os F-16 norte-americanos venham a substituir os MiG-29 russos. Porém, a oposição búlgara sugeriu a compra de aeronaves russas.

Montenegro, que se tornou um membro da OTAN em 2017, também possui armamentos soviéticos. Um ano depois de seu ingresso, a organização decidiu desmilitarizar o país e destruir todas as armas soviéticas em seu território.

A OTAN está interessada em minimizar o número de armas soviéticas entre seus membros. No entanto, quando os antigos aliados do bloco soviético decidirem se voltar ao Ocidente, enfrentarão desafios por terem limitados orçamentos de defesa.

Por este motivo, o Departamento de Estado dos EUA lançou o Programa Europeu de Incentivo à Recapitalização (ERIP, na sigla em inglês). Seu objetivo é designar fundos aos países do Leste Europeu para acelerar o processo de substituição de componentes russos usados em suas Forças Armadas. O projeto engloba Albânia, Bósnia, Croácia, Grécia, Macedônia do Norte e Eslováquia, conforme comenta o portal Defense News.

Em julho de 2014, a União Europeia impôs um embargo à compra de armas da Rússia, proibindo, assim, a compra, importação e transporte de produtos militares russos para UE. Também foram proibidas as exportações de armas para a Rússia.

Contudo, a União Europeia deixou estreitos canais legais para o comércio de armas com Moscou: são autorizadas entregas, em virtude de contratos celebrados antes de um de agosto de 2014, e as importações de peças de reposição. Além destas, também foram permitidos serviços de manutenção do equipamento militar russo, adotado nos países da UE antes das sanções.

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