Para o embaixador russo na Líbia, tal pedido pode ser apresentado à ONU assim que "este governo [o líbio] comece a funcionar, forem formadas as estruturas nacionais".
Molotkov frisou que Moscou está disposta a defender tal proposta — quando o governo de unidade nacional líbio funcionar.
O diplomata disse também que não descarta a volta do negócio russo à Líbia, na mesma condição de haver um governo eficiente.
Em agosto de 2014, a missão diplomática russa foi evacuada de Trípoli para a Tunísia, devido à situação instável. As embaixadas de outros países também foram deslocadas a esse país vizinho.
"No momento, faltam as condições necessárias de segurança para que voltemos a Trípoli", disse o embaixador russo.
A Líbia permanece sem governo de fato desde finais de 2011, quando, em outubro desse ano, o coronel Muammar Kadhafi, líder da Jamahiriya (nome árabe que significa "República"), foi morto pelas forças rebeldes, apoiadas por uma coalizão internacional que agia com o patrocínio da OTAN. A guerra civil líbia foi um dos resultados da série de "primaveras árabes" de 2011. A partir daquele momento, várias tentativas têm sido feitas para regularizar a situação política e social no país; mas a Líbia ficou dividida entre uma série de facções militares. Em 2014 e 2015, grupos armados realizaram vários atentados que dedicaram ao Daesh (sigla em árabe do grupo terrorista autodenominado "Estado Islâmico").