Pegadas de neandertais subindo vulcão ativo são achadas na Itália (FOTO)

CC BY 2.0 / David Stanley / Vulcão (imagem referencial)
Vulcão (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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Estudo das pegadas fossilizadas do vulcão Roccamonfina, na Itália, que vêm sendo estudadas desde 2001, revela novos dados sobre a vida dos primeiros hominídeos da Europa.

O vulcão Roccamonfina é localizado na região italiana da Campânia, no sudoeste do país, e é famoso por conter lava congelada em suas ladeiras que preservou as pegadas de hominídeos de 325.000 a 385.000 anos.

Moradores italianos das redondezas as chamam de "pegadas do Diabo", porque só o diabo podia caminhar sobre a lava quente, como creem.

As "pegadas do Diabo" são as mais antigas já conhecidas e deixadas por nossos antepassados no continente europeu.

Um estudo recente das rochas do vulcão, realizado por cientistas italianos e publicado na revista científica Journal of Quaternary Science, revelou novos dados sobre a vida dos primeiros hominídeos que habitaram esses territórios no período do Pleistoceno.

Durante pesquisas interiores, foram encontradas múltiplas pegadas no sentido de cima para baixo. No entanto, a última pesquisa revelou a presença de pegadas fossilizadas que mostram sentido contrário: de baixo para cima. Isso significa que os seres que habitavam a zona não só escaparam da erupção, mas subiram até o respigadeiro do vulcão em atividade.

CC BY 2.0 / Edmondo Gnerre / Ciampate del Diavolo"Pegadas do Diabo" do vulcão Roccamonfina na região da Campânia, Itália
Pegadas de neandertais subindo vulcão ativo são achadas na Itália (FOTO)  - Sputnik Brasil
"Pegadas do Diabo" do vulcão Roccamonfina na região da Campânia, Itália

Levando em consideração a idade das rochas vulcânicas, onde foram encontradas as pegadas, pesquisadores creem que foram deixadas pelos primeiros hominídeos, provavelmente neandertais, conhecidos por terem habitado a península italiana na época.

As rochas foram inicialmente um fluxo piroclástico, uma mistura de gases vulcânicos quentes, fragmentos de cinza e lava, formados durante erupção vulcânica. A velocidade do fluxo podia alcançar 200 metros por segundo e a temperatura podia atingir centenas de graus.

Feita a análise, os pesquisadores concluíram que ao menos cinco neandertais caminharam na área do estudo. Com isso, a natureza das pegadas indica que não correram, mas caminharam tranquilamente.

Assim, foi sugerido que os hominídeos caminharam na zona quando a corrente de lava já tinha resfriado, mas não endurecido.

Segundo cientistas italianos, os dados obtidos indicam que o vulcão Roccamonfina ativo era um lugar importante para os neandertais que habitavam a região e que subiam com algum propósito específico.

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