Revelado impacto de buracos negros na formação de novas estrelas em galáxias anãs

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Buraco negro no centro de uma galáxia (apresentação artística) - Sputnik Brasil
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Uma equipe de pesquisadoras da Califórnia ficou surpresa ao encontrar evidências de que as mudanças em pequenas galáxias, com 100 milhões a alguns bilhões de estrelas, produzidas por ventos de buracos negros poderiam ser ainda mais dramáticas.

Uma equipe de pesquisa da Universidade da Califórnia em Riverside descobriu que os ventos produzidos por buracos negros supermaciços no centro das galáxias anãs suprimem a formação de estrelas lá. Suas descobertas foram publicadas no The Astrophysical Journal.

As três astrônomas identificaram 50 galáxias anãs usando observações feitas pelo Sloan Digital Sky Survey e notaram que mais da metade delas, 29, poderiam ter buracos negros em seus centros.

Seis delas mostraram sinais de ventos mais fortes do que o previsto pela equipe, que havia planejado observações com resolução e sensibilidade muito maiores. Os astrônomos suspeitaram que os ventos, que consistem em gás ionizado de alta velocidade, quando empurrados pelos buracos negros comprimem o gás à sua frente.

Construção de novas estrelas

Pensa-se que este é o material de construção para novas estrelas, mas como é expelido do centro de uma galáxia, a formação de estrelas é reduzida. Isto é o que parece estar acontecendo nas seis galáxias estudadas.

"Modelos teóricos para a formação e evolução de galáxias não incluíram o impacto de buracos negros em galáxias anãs. Estamos vendo evidências, contudo, de uma supressão da formação de estrelas nessas galáxias", explicou Laura Sales, uma das pesquisadoras e professora assistente de Física e Astronomia.

Ela adicionou que estas descobertas "mostram que os modelos de formação de galáxias devem incluir buracos negros como reguladores importantes, se não dominantes, da formação de estrelas em galáxias anãs".

Efeito dramático

Como aponta a professora de Física e Astronomia Gabriela Canalizo, líder de sua equipe, embora os pesquisadores tenham suspeitado que um buraco negro no centro de uma galáxia impacta seu crescimento, suas descobertas indicam que esse efeito poderia ser ainda mais dramático para as galáxias anãs.

Essas minúsculas galáxias, que contêm entre 100 milhões e alguns bilhões de estrelas em contraste com gigantes como a nossa Via Láctea, são consideradas fósseis espaciais que nos permitem dar uma olhada no ambiente do Universo primitivo, diz a primeira autora do artigo de pesquisa Christina M. Manzano-King.

"Galáxias maiores muitas vezes se formam quando galáxias anãs se fundem. Galáxias anãs são, portanto, úteis para entender como as galáxias evoluem. As galáxias anãs são pequenas por que, depois de formadas, elas evitam de alguma forma se fundir com outras galáxias", revelou ela.

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