Fim do 'big bang' da evolução biológica aconteceu rapidamente, aponta estudo

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A vida encontra rapidamente um caminho, tal como durante o "big bang" da evolução biológica.

A explosão Câmbrica que ocorreu há mais de 500 milhões de anos é considerada como o "big bang" biológico. Além disso, todos os principais tipos de animais evoluíram durante a maior explosão de evolução da vida, povoando rapidamente um planeta estranho e biologicamente esparso com tudo, desde águas-vivas até vertebrados, tornando tudo isso, na Terra que hoje conhecemos.

Contudo, um estudo recentemente publicado no PNAS mostra que essa explosão de inovação evolucionista também terminou rapidamente. Ou seja, os animais levaram apenas 20 milhões de anos para preencher os nichos ecológicos em todo nosso planeta.

A parir daí o ritmo de evolução se reduziu drasticamente, revertendo para números considerados mais normais e que se têm mantido durante mais de 520 milhões de anos até hoje. Com isso, se supõe que a evolução pode preencher mesmo grandes vácuos ecológicos de uma forma extremamente rápida.

© Foto / Pixabay/Francok35Subespécie de mosquito evoluído
Subespécie de mosquito evoluído - Sputnik Brasil
Subespécie de mosquito evoluído

Isso tem grandes implicações em meio às mudanças globais provocadas pela humanidade, já que nichos ecológicos estão sendo destruídos e criados mais rapidamente que alguma vez desde a extinção maciça que causou a morte dos dinossauros há 66 milhões de anos.

Outro fator a ressaltar é a radiação adaptativa, quando as espécies estão rodeadas de nichos vazios, evoluindo rapidamente em uma série de espécies diferentes com diferentes estilos de vida, tais como herbívoros ou carnívoros, para preencher o vazio.

Claros exemplos de radiação adaptativa são os marsupiais na Austrália e os lagartos anolis no Caribe. O estudo lembra que a maior radiação adaptativa foi a explosão Câmbrica. A primeira vida surgiu há pelo menos 3,5 bilhões de anos.

Os produtos evolutivos do período Câmbrico estão preservados, por exemplo, em Burgess Shale, no Canadá, e em Chengjiang, na China, além de Meu Bay Shale, na ilha Kangaroo, na Austrália.

O estudo também aponta que há casos raros em que uma população em evolução é preservada em depósitos sucessivamente mais jovens, fornecendo claras evidências de evolução.

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A rápida ascensão dos animais comprova a capacidade de a evolução aproveitar rapidamente as oportunidades, conforme o portal Phys.org.

A explosão câmbrica representa a primeira vez que os animais evoluíram para preencher o planeta. Desde então, houve diversas extinções em massa, como o impacto de um meteoro que contribuiu para a extinção dos dinossauros, libertaram parcialmente o espaço ocupado.

Entretanto, atualmente os humanos transformam e estressam nosso planeta, por esse motivo estamos caminhando para uma outra extinção em massa, pois os nichos evolutivos estão sendo destruídos e criados com uma velocidade mais rápida que nunca desde a era dos dinossauros.

Contudo, diversas espécies podem se alterar, mudando não somente seu aspecto, como também suas capacidades e resistência.

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