'Creche' estelar: NASA levanta cortina sobre Nebulosa de Órion (VÍDEO)

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Uma investigação recém-realizada permitiu dar uma olhada no coração da Nebulosa de Órion, que abriga numerosas estrelas jovens, massivas e luminosas.

Os investigadores da Universidade de Leiden (Holanda) descobriram que o vento estelar proveniente de uma estrela recém-nascida na Nebulosa de Órion — a chamada "creche" estelar mais próxima da Terra — impede a formação de outras estrelas nas proximidades.

​"Creche" estelar — aqui se formam as estrelas. Supernovas são em muito responsáveis pelo nascimento de estrelas, mas nossos investigadores do telescópio SOFIA descobriram que as estrelas recém-nascidas podem soprar o material que contribuiria que formaria suas irmãs!

Os resultados da pesquisa, realizada com ajuda de dados obtidos pelo Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha (SOFIA) da NASA, foram anunciados pelo astrônomo holandês Xander Tielens e publicado na revista Nature.

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Segundo indicam os astrônomos, o coração da nebulosa, um dos objetos melhor observados e fotografados no céu noturno, é a casa de um pequeno grupo de estrelas jovens, massivas e luminosas. No entanto, é a primeira vez que as observações revelam que o forte vento estelar gerado pela estrela mais brilhante destes corpos celestes recém-nascidos e chamada de Theta1 Orionis C (θ1 Ori C) varreu a maior parte da camada de material de nuvem onde se formou.

"O vento é responsável por fazer explodir uma enorme bolha ao redor das estrelas centrais. Interrompe a nuvem natal e impede o nascimento de novas estrelas", explicou a principal autora do estudo, Cornelia Pabst, citada pela NASA.

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Assim, a estrela recém-nascida não permite o nascimento de outras estrelas em sua vizinhança, mas ao mesmo tempo empurra o gás molecular para as bordas da bolha, criando novas regiões de material denso onde futuras estrelas poderiam se formar. Estes efeitos do processo conhecido como "retroalimentação", destaca o especialista, regulam as condições físicas da nebulosa, influenciam a atividade de formação estelar e impulsionam a evolução do meio interestelar — o espaço cheio de gás e poeira entre as estrelas.

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