Rússia vai prosseguir com a pesquisa da Antártida

© Fotolia / Steve AllenMar de Weddell, na Antártida
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O ministro russo dos Recursos Naturais e Ecologia, Sergei Donskoi, afirmou que, apesar das dificuldades financeiras, a Rússia vai continuar os seus trabalhos científicos no lago Vostok da Antártida.

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"Nos últimos tempos temos problemas de financiamento. Recentemente no Ministério das Finanças russo se realizaram as negociações necessárias e espero que o financiamento para as atividades científicas no lago Vostok e na nossa estação de pesquisa na Antártida seja concedido e não seja interrompido", disse Donskoi nas vésperas do Fórum Econômico do Oriente.

Segundo o ministro, os cientistas russos dominaram a tecnologia de controlar a subida de água no poço e podem regular este processo. Agora no fim de todas as missões de verão antárticas se planeja criar "rolhas de gelo" que vão ser perfuradas no início de cada estação para explorar as massas de águas no lago Vostok, que se localiza nas profundidades debaixo da camada de gelo.

"Neste ano, o lago antártico foi perfurado uma vez mais, atingiu-se a água e foi tirada uma amostra. As pesquisas científicas se realizam tanto na Rússia como em Grenoble, na França, onde a segunda equipe dos cientistas estuda paralelamente a água para que não haja queixas sobre os resultados de pesquisa russos", acrescentou o ministro.

É provável que os cientistas russos tivessem feito o último grande descobrimento geográfico no nosso planeta que é o lago Vostok, que se manteve muitos milênios debaixo dos gelos na Antártida. Em 1996 em conjunto com os seus colegas britânicos, o lago foi descoberto por meio de uma sondagem sísmica e observações de radar. O poço perfurado na geleira, de 3.769 metros de profundidade, na estação Vostok, permitiu aos cientistas russos obter dados únicos sobre o clima da Terra nos últimos 500 anos. Conseguiu-se determinar como se alterou a temperatura e a concentração de gás carbônico no passado.

Em 2012 os exploradores russos das regiões polares conseguiram chegar a este lago relicto que esteve isolado do mundo exterior por cerca de um milhão de anos. Pode ser que as pesquisas das amostras de água deste lago permitam descobrir microrganismos absolutamente únicos e fazer conclusões sobre a probabilidade da existência de vida fora da Terra.

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