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Especialista: Calamidade pública é mal necessário para garantir dinheiro do Rio 2016

ENTREVISTA COM ISTVAN KASZNAR 2 DE 20-06-16
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As dificuldades financeiras do Estado do Rio de Janeiro não afetarão a realização das Olimpíadas e Paralimpíadas 2016, mas é inevitável a repercussão negativa dessas dificuldades e da decretação de estado de calamidade pública.

Esta é a convicção do economista Istvan Kasznar, da Fundação Getúlio Vargas, no Rio, para quem as Olimpíadas e Paralimpíadas devem servir de mote para que o Estado do Rio comece a pensar em sua recuperação econômica, investindo num dos seus recursos mais preciosos, o turismo, e fomentando o retorno de investimentos produtivos e industriais.

Falando à Sputnik Brasil, Istvan Kasznar explica que “as atuais dificuldades financeiras do Estado do Rio de Janeiro são o reflexo mais doloroso do que representaram, na década de 60, a mudança da Capital Federal para Brasília e o progressivo esvaziamento econômico e industrial de que o Estado do Rio foi vítima. Mais recentemente, a queda das cotações mundiais do petróleo e os novos critérios de distribuição nacional dos royalties do combustível contribuíram para agravar a crise. Portanto, alguma coisa de muito urgente precisa ser pensada e oferecida à comunidade mundial para que o Estado inicie sua recuperação”.

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Sobre a decretação do estado de calamidade pública feita pelo governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, Istvan Kasznar comenta que “nesse momento complexo dá para entender perfeitamente”:

“Ele [Francisco Dornelles] quer, no fundo, defender as Olimpíadas, que são eventos de ordem internacional. Então, está muito bem justificado. Temos que pensar que temos duas demandas: uma é a imediatista, dispor de verbas de aproximadamente R$ 2,9 bilhões para poder pagar as Olimpíadas, financiar o que é necessário para que obras funcionem bem, como a Linha 4 do Metrô, que vai até a Barra da Tijuca, onde ocorrerá grande parte desses Jogos Olímpicos a partir de 5 de agosto. Todavia, não é o suficiente dispor dessa verba, porque há uma diferença entre R$ 6,1 a 6,2 bilhões mensais de gastos, e algo na faixa de R$ 5 para 4,9 bilhões de receitas, que ainda estão em descendência, dada a depressão econômica do Rio de Janeiro e até a recessão econômica brutal do Brasil.”

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