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Deputados portugueses de três partidos acusam golpe no Brasil e criticam Temer

© Lucas RohanGregório Duvivier fala no ato Portugal Pela Democracia, em Lisboa
Gregório Duvivier fala no ato Portugal Pela Democracia, em Lisboa - Sputnik Brasil
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Crítica foi feita durante um ato chamado Portugal Pela Democracia, convocado pelo ator brasileiro Gregório Duvivier, em Lisboa. Evento foi marcado por discursos a favor da democracia e críticas ao governo interino de Michel Temer

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Três parlamentares portugueses participaram, nesta sexta-feira, de um ato em defesa da democracia brasileira promovido pelo ator Gregório Duvivier no Teatro Tivoli, na região central de Lisboa. Joana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda (BE), Isabel Moreira, deputada do Partido Socialista (PS) e Miguel Tiago, deputado do Partido Comunista Português (PCP), foram os primeiros a discursar no ato e condenaram o processo de destituição da presidenta Dilma Rousseff.

O ato contou com a presença de cerca de 300 pessoas e aconteceu pouco antes de um show do ator brasileiros na mesma casa. Gregório optou por abrir o espaço para a realização de um ato em defesa do Brasil e convidou diversas personalidades portuguesas. Duvivier disse que gostaria de fazer um ato pelo “fica, Dilma”, mas em razão do afastamento já ter sido consumado, sugeriu uma campanha por diretas já. “O que aconteceu no Brasil foi um golpe dos derrotados nas últimas eleições”, disse o ator, ao abrir o evento.

O ator lembrou uma frase que ouviu em Portugal e que resume o atual quadro da crise política no Brasil: “Quando os políticos nos fazem rir nos restam os humoristas para nos fazerem pensar”.

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Na sequência, Duvivier convidou várias personalidades a usar o microfone. Foram vários discursos condenando o golpe da direita no Brasil e criticando o governo interino de Michel Temer. Além dos três deputados, ainda fizeram discursos favoráveis ao Brasil a apresentadora portuguesa Rita Ferro Rodrigues, o poeta Sérgio Godinho, a jornalista Anabela Mota Ribeiro, o antropólogo Miguel Vale de Almeida e o escritor angolano José Eduado Agualusa.

A presidenta da Fundação José Saramago, Pilar del Río, foi convidada a participar, mas não pode comparecer. No entanto, ela enviou um vídeo onde diz que “é direito” de todos opinar sobre o que está acontecendo em “um país que nos é próximo”. “É nossa obrigação como cidadãos opinar sobre o que está acontecendo no Brasil e dizer que é necessário restituir a democracia. É preciso restituir um governo da cultura e que contemple cidadãos e cidadãs”, afirmou a jornalista na mensagem.

O ato terminou com todos os participantes ocupando a frente do palco para um foto com a faixa “golpe nunca mais”. O evento encerrou uma semana de intensas atividades relacionadas ao Brasil em Lisboa. A presença de um grupo de deputados e senadores, que estiveram na capital portuguesa desde o início da semana, incentivou a realização de debates e atos contra o impeachment e contra o governo Temer. Uma organização de brasileiros nascida após os primeiros protestos, chamada Coletivo Andorinha, tem organizado uma série de atividades para discutir a política brasileira em Portugal.

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