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Brasil perde posições no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial

© AFP 2023 / FABRICE COFFRINIFórum Econômico Mundial
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O Brasil perdeu posições no Relatório Global de Competitividade 2015/16, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial e divulgado nesta terça-feira, 29. O País caiu para sua pior posição e tombou inéditos 18 degraus no pódio dos mais competitivos.

Entre 140 países, o Brasil aterrissou na 75ª posição. São 27 postos abaixo do 48º lugar conquistado em 2012, melhor desempenho desde 2006, quando a pesquisa, iniciada em 1977, ganhou a atual metodologia, que agora permite comparações entre um ano e outro. Segundo o ranking, o País está abaixo de alguns de seus principais concorrentes, como México, Índia, África do Sul e Rússia, e de economias menores como Uruguai, Peru, Vietnã e Hungria.

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A queda de posição do Brasil de um ano para outro ocorreu por uma soma de fatores, segundo a pesquisa. Houve piora nos dados macroeconômicos, perda de confiança do empresariado e escândalos de corrupção.

"Como não avançou em questões regulatórias e tributárias e na infraestrutura melhorou pouco, basicamente em aeroportos, o Brasil acabou perdendo muitas posições no ranking", afirma o professor Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral (FDC), uma das parceiras do Fórum Econômico na coleta e análise dos dados.

Além de ter piorado em relação a outras economias — em 2014, era o 57º entre 144 países —, o País ainda registrou recuo na nota em relação à economia mais competitiva — que, pelo sétimo ano consecutivo, é a Suíça. Na pesquisa de 2014, o índice geral do Brasil era de 4,34. Neste ano, é de 4,08.

"Isso significa que o Brasil ficou menos competitivo em relação a si mesmo", afirma Arruda. Ou seja, não foram os outros países que melhoraram e deixaram a economia brasileira para trás. "O Brasil piorou", resume.

No ranking global, aparece em segundo lugar a cidade-Estado Singapura e, em terceiro, estão os EUA. Os três últimos colocados são Guiné (140ª posição), Chade (139ª) e Mauritânia (138ª). O relatório mostra que a maioria das nações menos competitivas pertence à África Subsaariana, com exceção do Haiti, Venezuela e Mianmar. "Países com menores índices de competitividade se caracterizam por instituições fracas, infraestrutura deficiente e educação não inclusiva e de baixa qualidade, além de péssimo sistema de saúde", escrevem os pesquisadores.

Entre os elementos capazes de aumentar a competitividade brasileira, os chamados "potenciadores de eficiência", o relatório cita o tamanho do mercado doméstico e as incipientes tecnologias inovadoras.

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