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Brasil tem que resolver questão ambiental interna antes de atender recomendação dos EUA

© Fotos públicas/Luciana MacêdoFloresta Amazônica – Pedra Branca do Amapari
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Às vésperas da viagem de Dilma Rousseff aos EUA, o Governo americano adiantou que vai recomendar que o Brasil assuma um protagonismo, em conjunto com a Casa Branca, nas negociações internacionais sobre a questão das mudanças do clima. O Professor Marcus Vinicius de Freitas comenta para a Sputnik Brasil.

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Na avaliação do conselheiro adjunto de Segurança Nacional para Comunicações Estratégicas dos Estados Unidos, Ben Rhodes, “o Brasil, como uma grande economia,  tem um papel crítico a desempenhar nos esforços globais pela conservação do meio ambiente e redução da poluição atmosférica.”

Professor de Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado, de São Paulo, Marcus Vinícius Freitas destaca que o Brasil ainda precisa adotar alguns cuidados para se afirmar de vez como liderança, diante da comunidade internacional. É o que o professor declarou em entrevista exclusiva à Rádio Sputnik Brasil:

“Para exercer esta liderança, o Brasil precisa encontrar os eixos e as pautas para definir as linhas em que poderá desempenhar este papel. Infelizmente, temos observado há algum tempo que têm faltado ao Brasil as condições para que ele possa exercer esta liderança. Uma destas pautas é formada justamente pela Rio+20 e a própria Rio 92, que credenciaram o Brasil a exercer esta liderança. Além disso, o Brasil possui a maior reserva florestal do mundo, a Amazônia. Tudo isto credencia o país para desempenhar este protagonismo. Então, o que o Governo norte-americano está propondo é que o Brasil assuma de vez esta sua capacidade de liderar iniciativas na esfera ambiental.”

Segundo Ben Rhodes, os Estados Unidos tentarão obter do Brasil compromissos mais concretos na redução de gases do efeito estufa, para serem apresentados na próxima COP 21, a Conferência Sobre Clima que será realizada no período de 20 de novembro a 11 de dezembro deste ano em Paris. 

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Para Mark Feierstein, diretor do Governo dos Estados Unidos para Assuntos do Hemisfério Ocidental, “o Brasil deve assumir uma posição de ‘liderança’ nos esforços pelo controle das mudanças climáticas. E também deve se preocupar com os esforços pela redução dos problemas causados pelos gases do efeito estufa”.

Sobre esta recomendação, o Professor Marcus Vinícius Freitas lembra que há muitas questões com as quais o Brasil deve se preocupar no âmbito interno: 

“Antes, falava-se muito em desmatamento como o grande problema (ou um dos grandes problemas ambientais) do Brasil. Hoje, temos de nos preocupar também com as carências das usinas de energia hidrelétrica, a sua substituição pelas termelétricas e o consequente aumento da poluição com o uso do carvão, e definir se também vamos usar a energia nuclear. Depois de resolvermos estes problemas, aí sim estaremos em condições de exercer esta tão recomendada liderança global em mudanças climáticas e preservação ambiental.”

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