China responde aos EUA: é absolutamente claro quem mina estabilidade na Ásia-Pacífico

© REUTERS / Z.A. Landers/Marinha dos EUAPorta-aviões USS Carl Vinson no mar do Sul da China
Porta-aviões USS Carl Vinson no mar do Sul da China - Sputnik Brasil
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O secretário de Defesa estadunidense, Mark Esper, disse no passado fim de semana que seu país tem planos de instalar mísseis convencionais de médio alcance na região Ásia-Pacífico.

A China refutou as recentes afirmações do secretário da Defesa, segundo as quais o país asiático estaria a desestabilizar a região do Indo-Pacífico. Pequim qualificou os comentários como uma transferência de culpas irresponsável, e reiterou a natureza puramente defensiva do seu desenvolvimento militar.

Respondendo às perguntas dos jornalistas, Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, disse que, durante muito tempo, os EUA têm estado interferindo grosseiramente nos assuntos dos países da região Ásia-Pacífico, tentando criar desavenças entre eles, promovendo a chamada "Estratégia do Indo-Pacífico", reforçando ao mesmo tempo os seus destacamentos militares e fortalecendo as alianças militares na região.

"É absolutamente claro quem está minando a estabilidade na região Ásia-Pacífico", disse Hua Chunying.

A porta-voz ressaltou que os EUA usam há muito a China como pretexto para suas decisões quanto ao Tratado de Forças Nucleares Intermediárias (INF, na sigla em inglês) e outras questões, distorcendo os fatos a fim de promover a campanha de "ameaça dos mísseis chineses".

"Nós desenvolvemos o poder militar para propósitos de autodefesa. Nós não temos intenções e não constituímos qualquer ameaça para nenhum país. Todos os mísseis terrestres chineses de curto e médio alcance estão implantados no nosso território, o que atesta a natureza defensiva de nossa política militar. No entanto, se os EUA implantarem mísseis de médio alcance [na região] Ásia-Pacífico, especialmente em torno da China, seu objetivo irá ser claramente ofensivo", disse Hua Chunying.

A porta-voz disse ainda que, se os EUA continuarem avançando com esses planos, a segurança regional e internacional ficará severamente comprometida.

"A China não irá ficar de braços cruzados vendo os seus interesses sendo comprometidos. Além disso, não permitiremos que nenhum país crie problemas à nossa porta. Vamos tomar todas as medidas necessárias para proteger nossos interesses de segurança nacional", afirmou Chunying.

No fim de semana passado, Mark Esper, secretário de Defesa dos EUA, mostrou-se a favor da ideia de instalar mísseis de médio alcance na Ásia.

Os mísseis seriam colocados na região do Indo-pacífico. A declaração vem após a saída formal dos EUA do INF, tratado que estabelecia um mecanismo de controle sobre os mísseis de médio alcance, inclusive nucleares.

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