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Aprovação de auxílio à Ucrânia no Senado dos EUA prova que ala neoconservadora domina republicanos

© AP Photo / J. Scott ApplewhiteSenado dos EUA em Washington
Senado dos EUA em Washington  - Sputnik Brasil, 1920, 24.04.2024
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A aprovação pelo Senado dos EUA, nesta terça-feira (23), do projeto de lei que destina cerca de US$ 95 bilhões (R$ 487,1 bilhões) em ajuda à Ucrânia, Israel e Taiwan prova que o verdadeiro centro de poder do Partido Republicano permanece com a ala neoconservadora dominante, segundo especialista ouvido pela Sputnik.
A ajuda estava paralisada na Câmara dos Representantes até sábado passado, quando o presidente da Câmara, Mike Johnson, levou o projeto de lei ao plenário, apesar da oposição à continuação da ajuda à Ucrânia.
No último sábado (20), os deputados votaram em separado os projetos de lei de ajuda aos três países, além de aprovarem o uso dos ativos russos congelados para financiar o governo ucraniano. Por conta de mudanças, as propostas foram encaminhadas para o Senado.
O financiamento recebeu 75 votos favoráveis e 17 contrários, sendo necessários no mínimo 60 senadores para a aprovação da proposta.
Do total dos recursos, cerca de US$ 61 bilhões (R$ 312,4 bilhões) são para a Ucrânia, outros quase US$ 27 bilhões (R$ 140,4 bilhões) para Israel e US$ 8,12 bilhões (R$ 42,2 bilhões) são destinados a Taiwan.
Militar do agrupamento de tropas Yug (Sul), das Forças Armadas da Rússia, no flanco norte de Artyomovsk (Bakhmut, em ucraniano), dispara contra posições das Forças Armadas da Ucrânia com um lançador de granadas automático na zona da operação militar especial, em 20 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 23.04.2024
Panorama internacional
Senado dos EUA aprova pacote de US$ 95 bilhões em financiamento para Ucrânia, Israel e Taiwan
O projeto de lei foi criticado por 51% dos norte-americanos. De acordo com pesquisa recente, 61% dos republicanos, incluindo 55% que se identificam como republicanos que não apoiam Trump, dizem que se opõem ao envio de mais ajuda à Ucrânia. Enquanto mais de 50% da bancada republicana votou contra o projeto de lei, os restantes se juntaram aos democratas da Câmara para aprovar o documento. O presidente da Câmara concordou em levar o projeto de lei ao plenário, apesar de suas críticas anteriores à ajuda à Ucrânia.
Durante e após a eleição de 2016, alguns neoconservadores se autodenominaram "Nunca-Trumpers" para expressar sua oposição ao ex-presidente Donald Trump. Alguns até mesmo migraram para o Partido Democrata.
Mas, no final das contas, a velha guarda do Partido Republicano ainda consegue obter o que quer através do controle de figuras-chave no partido, de acordo com o pesquisador sênior do Instituto de Política Global George Szamuely, ouvido pela Sputnik:

"As pessoas que ainda importam dentro do Partido Republicano, incluem doadores, incluem a própria elite do Partido Republicano, [ex-presidente George W.] Bush, [ex-senador John] McCain."

Mas não foram apenas os políticos típicos do establishment que trabalharam para conseguir a ajuda quando a situação apertou. Johnson, até recentemente, era visto como parte da ala populista e até mesmo Trump saiu em apoio.

"Trump desempenhou um papel decisivo aqui. Foi Trump quem endossou Mike Johnson. Mike Johnson foi a Mar-a-Lago e, basicamente, Trump apoiou o pacote. Ele não saiu e disse 'sou contra, não vou ter nada a ver com isso. Quando eu for presidente, vou encerrar a guerra', era o que ele estava dizendo durante as primárias da campanha", disse Szamuely.

Em janeiro, Trump aparentemente afundou um acordo entre republicanos e democratas que teria aprovado ajuda à Ucrânia em troca de concessões na fronteira pelos democratas. Também anteriormente afirmou que encerraria o conflito na Ucrânia em 24 horas após assumir o cargo, presumivelmente cortando a ajuda à Ucrânia.
No início deste mês, no entanto, depois que Johnson prometeu levar a ajuda à Ucrânia a votação no plenário, Trump ficou ao lado de Johnson durante uma coletiva de imprensa: "Estou com o presidente da Câmara", disse Trump, acrescentando que Johnson está "fazendo um ótimo trabalho".
"Acredito que o endosso de Trump ajudou vários republicanos a dizerem, 'Bem, se Trump está a favor, por que não votar a favor?'", especulou Szamuely.
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