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Mídia: após pressão do Exército dos EUA, Milei fez auditoria em base espacial chinesa na Argentina

© Foto / Twitter / ReproduçãoJavier Milei e Laura Jane Richardson dos EUA, 5 de abril de 2024
Javier Milei e Laura Jane Richardson dos EUA, 5 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 16.04.2024
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Pressão começou depois de uma recente declaração do embaixador dos Estados Unidos na Argentina e escalou quando Javier Milei recebeu a visita da chefe do Comando Sul do Exército dos EUA para inauguração de base norte-americana no país.
O governo Milei realizou uma inspeção na semana passada na base espacial chinesa, localizada em Neuquén, na Patagônia argentina. A base é operada pela China Satellite Launch & Tracking Control General, em parceria com a Comissão Nacional de Atividades Espaciais da Argentina (CONAE), de acordo com o artigo de Amanda Cotrim no UOL.
No final de março, Washington sugeriu – através de uma recente entrevista de seu embaixador Marc Stanley ao jornal La Nación – que Buenos Aires permitia que as Forças Armadas chinesas operassem secretamente na área.

"Estou surpreso que a Argentina permita que as Forças Armadas chinesas operem em Neuquén, em segredo, fazendo sabe-se lá o quê", afirmou Stanley sem dar maiores detalhes.

Em seguida, o presidente Javier Milei viajou no dia 5 de abril da capital argentina até Ushuaia, no extremo sul do país, para se encontrar com a general Laura Jane Richardson, do Comando Sul dos EUA, onde anunciou uma "base naval conjunta" com os Estados Unidos na Patagônia, conforme noticiado.
Pressionada pela visita do Comando Sul, a Casa Rosada disse que realizou "inúmeras visitas" à base espacial chinesa, mas constatou que não há nenhum indício de que o lugar seja uma base militar, afirma a jornalista.
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Ao mesmo tempo, por meio da sua Embaixada da China na Argentina, Pequim ressaltou que as especulações eram mentirosas. No último dia 8, o embaixador chinês Wang Wei teve uma reunião com a chanceler Diana Mondino.
"Ambos chegaram a um acordo de desmentir a especulação de que a base espacial é uma suposta base militar", disse a embaixada em comunicado no X (antigo Twitter).
Milei disse à Bloomberg no começo desse mês que se havia dúvidas sobre as atividades dos chineses na base espacial em Neuquén, o governo argentino faria a auditoria técnica necessária. Na entrevista, o presidente aproveitou para dizer que os acordos comerciais com a China seriam mantidos, mas que ele nunca negou seu alinhamento com os Estados Unidos e Israel.
"Sempre dissemos que somos liberais. Se as pessoas querem fazer transações com a China, podem seguir fazendo. Sempre deixei claro que meu alinhamento é com Israel e os EUA", afirmou.
Milei quer se aproximar cada vez mais dos Estados Unidos no quesito defesa, escreve a mídia. Na inauguração da base, ele declarou que o "Ocidente está em risco" e que os argentinos têm "uma afinidade natural" com os EUA, referindo-se à "defesa da vida, a liberdade e a propriedade privada".
O governo argentino adquiriu equipamentos de defesa norte-americanos – ao invés de comprá-los da China – e ainda 24 aviões F-16 da Dinamarca. Marc Stanley disse que a ida de Richardson ao território argentino ocorreu para "fortalecer a longa relação entre os dois países em matéria de defesa e contribuir com os objetivos de modernização militar da Argentina".
Pequim e Washington disputam a região. Nomeadamente, há outro interesse dos Estados Unidos na Patagônia, que é a construção de um porto na cidade de Rio Grande, na província da Terra do Fogo, no extremo sul do país.
A China seria a principal concorrente em obter a licença para construir instalações marítimas na região, melhorando consideravelmente o acesso à região Antártica, o que poderia prejudicar a mobilidade estratégia dos EUA, relata o portal.
O acordo com Pequim para a instalação da base em Neuquén foi assinado entre 2012 e 2014, no governo de Cristina Kirchner. A unidade em Neuquén é a primeira base espacial chinesa fora de seu território.
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