Banco Interamericano de Desenvolvimento: assembleia aprova aumento de capital de US$ 3,5 bilhões

Em mais um passo para contribuir com o fortalecimento das instituições financeiras do Sul Global, o Brasil encerrou neste domingo (10) a Assembleia Anual dos Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A reunião aconteceu em Punta Cana, na República Dominicana.

A delegação brasileira foi chefiada pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Entre os principais avanços, destaca-se a criação de um novo modelo de negócios e aumento de capital de US$ 3,5 bilhões (R$ 17,4 bilhões) para o BID Invest, braço privado do grupo: a mudança vai permitir o financiamento anual de 2,5 milhões de micro e pequenas empresas, além de 306 mil mulheres, 44 mil agricultores e 1,6 milhão de pessoas em situação de pobreza.

Para a ministra Simone Tebet, o BID passa a ser exemplo para as reformas "pelas quais os bancos multilaterais deveriam passar". A última revisão da base de capital da instituição aconteceu há 14 anos. Além disso, a ministra declarou que a nova visão estratégica do banco está "alinhada com a visão do Brasil e reflete, em muitos aspectos, as prioridades que o Governo do presidente Lula incorporou no Plano Plurianual 2024-2027, que contou com a valorosa participação da sociedade civil de todas as regiões de nosso país".

Durante discurso, Tebet lembrou ainda do chamado "Consenso de Brasília", que aconteceu em maio do ano passado, quando os presidentes dos países da América do Sul reafirmaram a importância da integração regional "como parte da solução para enfrentar desafios compartilhados e promover o desenvolvimento econômico e social."

Rotas e ampliação do comércio

Na assembleia, foi apresentado pela ministra brasileira o projeto que cria cinco rotas de integração entre sete países sul-americanos que fazem fronteira com o Brasil. Além disso, foram identificadas de forma conjunta "oportunidades para colaboração" sobre a proposta com o objetivo de ampliar o comércio na região.