Rússia superou sanções ocidentais e aumentou significativamente a produção militar, relata mídia

A Rússia, apesar das restrições sancionatórias do Ocidente, conseguiu aumentar significativamente a produção de mísseis, tanques e outras armas, de acordo com o jornal americano The New York Times.

De acordo com especialistas, as autoridades russas reestruturaram com sucesso a economia do país, com foco na produção militar.

Como observa a publicação, desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, os Estados Unidos fizeram da limitação da produção militar da Rússia uma parte fundamental de sua estratégia de apoio a Kiev.

De acordo com autoridades americanas, inicialmente, como resultado de sanções, a Rússia foi forçada a desacelerar a produção de mísseis e outras armas após o início da crise na Ucrânia em fevereiro de 2022 por pelo menos seis meses.

Mas, no final do 2022, a produção industrial militar de Moscou começou a se reforçar novamente, de acordo com o que disseram representantes do governo dos EUA sob a condição de anonimato.

Além disso, os interlocutores do jornal informaram que a Rússia contornou os controles de exportação dos EUA usando seus serviços especiais "para organizar redes ilegais de pessoas que contrabandeiam componentes-chave, exportando-os para outros países dos quais podem ser enviados para a Rússia com mais facilidade".

Como resultado, a Federação da Rússia ainda recebe em grande número os chips necessários e peças de reposição para equipamentos militares através de países terceiros.

Ao mesmo tempo, de acordo com um alto funcionário ocidental não identificado, antes do início da operação militar na Ucrânia, a Rússia poderia produzir 100 tanques por ano e agora produz com sucesso 200 tanques.

Ele especificou que a Rússia é capaz de produzir dois milhões de projéteis de artilharia por ano para usar no campo de batalha.

Assim, especialistas e funcionários entrevistados pelo jornal temem que o aumento do potencial militar da Rússia possa levar a ataques em larga escala contra instalações de infraestrutura ucranianas neste inverno europeu e, por sua vez, para Kiev será difícil combatê-los devido à insuficiência de sistemas de defesa antiaérea.