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Indonésia confirma a execução de estrangeiros
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Apesar dos muitos apelos internacionais, a Indonésia confirmou que continuará o processo de execução de oito estrangeiros condenados à morte no país. No sábado... 27.04.2015, Sputnik Brasil
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Indonésia confirma a execução de estrangeiros
10:59 27.04.2015 (atualizado: 07:48 21.11.2021) Apesar dos muitos apelos internacionais, a Indonésia confirmou que continuará o processo de execução de oito estrangeiros condenados à morte no país. No sábado (25), autoridades diplomáticas de seus países de origem, incluindo Brasil, Nigéria, Filipinas e Austrália, foram notificadas de que o fuzilamento de seus cidadãos acontecerá em breve.
Os prisioneiros foram transferidos para a prisão de segurança máxima de Nusakambangan. O grupo conta ainda com um indonésio. Jacarta, porém, retirou da lista o francês Serge Atlaoui, que também estava entre os condenados que terão suas penas cumpridas em breve.
O brasileiro Rodrigo Gularte faz parte do grupo. Ele foi preso em julho de 2004, quando tentou entrar na Indonésia com uma prancha de surfe recheada de cocaína. A justiça local decretou sua pena no ano seguinte. Caso seja executado, ele será o segundo brasileiro morto no país este ano. O primeiro foi Marco Archer Cardoso Moreira, fuzilado em janeiro junto com outros cinco presos.
A condenação à pena capital de estrangeiros tem gerado protestos de muitos países. O Brasil e a Noruega chamaram de volta seus embaixadores em fevereiro. A presidente Dilma Rousseff negou temporariamente as credenciais do novo embaixador indonésio. Nesta segunda-feira (27), o governo da Austrália, que tem dois cidadãos entre os presos, pediu a Jacarta que suspenda as execuções.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também interferiu no processo. Ele explicou que a legislação internacional prevê que em países que adotam a pena capital esta só deve ser aplicada em caso de crime grave, com morte premeditada. O presidente indonésio, Joko Widodo, assumiu em 2014 fazendo do combate ao tráfico internacional de drogas uma bandeira. Ele negou clemência aos condenados à morte.