Esta foi tática única utilizada pelo Exército soviético na Batalha de Berlim

© Sputnik / Vladimir Grebnev / Acessar o banco de imagensTanques soviéticos nas ruas de Berlim em 1945
Tanques soviéticos nas ruas de Berlim em 1945 - Sputnik Brasil
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Berlim concentrava quase todas as forças do Eixo que ainda restavam na Europa, por isso a defesa da cidade se provaria feroz. Apesar de tudo, já não restavam muitos combatentes na capital nazista.

Em 21 de abril de 1945, a Grande Guerra pela Pátria (parte da Segunda Guerra Mundial, compreendida entre 22 de junho de 1941 e 9 de maio de 1945, e limitada às hostilidades entre a União Soviética e a Alemanha nazista e seus aliados) e a guerra na Europa chegavam ao seu clímax. Após anos de inúmeras batalhas com as forças da União Soviética, as tropas nazistas ficaram reduzidas à sua capital. Foi quando se iniciou a Batalha de Berlim.

A cidade era defendida por 100 a 120 mil pessoas e cerca de 60 tanques, relatou o comandante da cidade alemão Helmuth Weidling. Esse número de combatentes era "manifestamente insuficiente", diz Aleksei Isaev, doutorado em História, pois enfrentavam uma invasão de 464.000 soldados e cerca de 1.500 tanques, relata o portal Mecânica Popular.

"Para defender uma cidade tão grande, cercada de todos os lados, não havia forças suficientes para defender todos os edifícios, como aconteceu em outras cidades, então o inimigo defendia principalmente grupos de quadras e edifícios e instalações individuais dentro desses", cita ele o relatório da experiência resumida do 8º Exército da Guarda que assaltou a cidade.

Além disso, três torres de defesa antiaérea com altura de 40 metros muniam a cidade de alguma defesa para uma batalha cujo desfecho já se adivinhava.

Os soviéticos ainda testaram a tática de avançar com tanques pelos lados opostos da rua disparando na direção posta, chamada de "abeto", pela semelhança com os ramos da árvore.

Superioridade iminente

A tática pode ter funcionado, pois segundo descreveu Georgy Khmuro, motorista de um tanque T-34 da 17ª Brigada Mecanizada da Guarda, ele esmagou 2 peças de artilharia inimigas, 3 morteiros e 4 pontos de metralhadora com as lagartas do veículo, disse o portal RG.

© Sputnik / Acessar o banco de imagensTanque soviético em Charlottenburg, abril-maio de 1945
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Tanque soviético em Charlottenburg, abril-maio de 1945

Além disso, o general Dmitry Lelyushenko escreveu que o pelotão de tanques da 12ª Brigada Mecanizada da Guarda comandado pelo tenente Vasily Saenko destruiu 5 tanques, 5 canhões e mais de 200 soldados.

A defesa principal era assumida por grupos móveis com lança-granadas antitanque. Esses destruíram entre 200 e 250 tanques e peças autopropulsadas dos 1.800 veículos que os soviéticos perderam em Berlim.

Ou seja, "não há motivo para dizer que os exércitos de tanques soviéticos foram destruídos pelos 'grupos móveis com lança-granadas' em Berlim", comenta o historiador.

A batalha poderia ter se concluído mais cedo se a localização de Adolf Hitler tivesse sido descoberta a tempo. O exército de Bersarin foi o que chegou mais perto de seu bunker, quando ia na direção do Reichstag no dia 29 de abril de 1945.

"A artilharia pesada soviética tinha a capacidade técnica de enterrar Hitler e sua comitiva no bunker ou mesmo esmagá-los em uma fina camada nos labirintos do último refúgio do 'Fuhrer possesso'", escreve Isaev.

Hitler acabou por se suicidar em seu refúgio em 30 de abril, e em 2 de maio a guarnição de Berlim capitulou oficialmente. Com 50 a 60 mil mortos dos dois lados, terminava a batalha mais decisiva na Europa.

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